sábado, 24 de novembro de 2007

Sorrisos e olhares... e olhares com sorrisos


Eram muitos
Todos com um sorriso daqueles que contagia o mundo
E um olhar repleto de sonhos
Dizem, entre palmas, dizem-no calados:
“Porque estás triste hoje?”
“Como podes estar triste?”
“Alguma vez me viste triste?”





FOTOS: Inauguração do 11º Juntos pela Arte (22 nov. 07)

Sugestão: Visitar o JUNTOS PELA ARTE (exposição e venda de Natal) // Galeria Nave da CMM // de 22 de Nov. a 7 de Dez // Organização - CMM e Associação Portuguesa de Pais e Amigos do Cidadão Deficiente Mental de Matosinhos

quarta-feira, 14 de novembro de 2007

(está quase...) NICOLINAS 2007 (nº 15)

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Exposição "Ser Nicolino" promove sugestão de candidatura das Nicolinas a Património da Humanidade
A exposição de fotografia "Ser Nicolino", da autoria de José Bastos, está patente no Vira Bar - Cervejaria/Restaurante, de 13 de Novembro a 8 de Dezembro, numa iniciativa conjunta da associação Tertúlia Nicolina e daquele estabelecimento comercial. Associando-se aos seculares festejos, o Vira Bar disponibiliza também aos clientes uma "Ementa Nicolina", concretizando assim uma sugestão apresentada na conferência/debate promovida pela Tertúlia Nicolina aquando da ExpoGuimarães e subordinada ao tema "As tradições culturais enquanto elemento turístico e de desenvolvimento. Nicolinas: O que fazer com este património? Que valor Turístico?".

De igual modo, são distribuídos aos vimaranenses e aos turistas os marcadores de livros editados pela Tertúlia Nicolina para promover a sugestão de candidatura das "Nicolinas a Património Oral e Imaterial da Humanidade: um objectivo estratégico".
O conjunto de fotografias em exposição do Vira Bar, a preto e branco, ilustra momentos das Festas Nicolinas de 2000 em que José Bastos, através da objectiva, fez um registo artístico - imprimindo também uma componente jornalística - de várias fases dos preparativos e dos números das Festas Nicolinas. Trata-se de um olhar e de uma óptica, que extravasa o mero registo fotográfico, procurando evidenciar através da imagem o ser e o sentir dos Nicolinos.
Além das fotografias, a exposição integra vários objectos relacionados com as Festas Nicolinas. Segundo Diogo Leite Ribeiro, Presidente da Tertúlia Nicolina, esta iniciativa "é mais um contributo da associação para a promoção das Festas Nicolinas e da sugestão de candidatura a Património Oral e Imaterial da Humanidade, desta vez num contexto diferente do habitual, procurando atingir públicos diversos".
Para Miguel Cardoso, sócio-gerente do Vira Bar, a abertura do estabelecimento de restauração a este tipo de eventos decorre da "constatação que a sociedade civil em geral e os empresários em particular também devem participar e contribuir para a divulgação das tradições culturais".
A exposição está patente no Vira Bar Alameda de São Dâmaso, nº 27, Guimarães, até ao dia 8 de Dezembro.
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Depois de ver uma caixa de mail que raramente consulto, surgiu um novo impulso digno de registo...
Consultada a newsletter da Associação Nicolina, e cumprida a sugestão de consulta do site, novo copy/paste impulsivo.
Mas as novidades e as notícias estão longe de se ficar pelo Vira Bar (publicidade não paga) por isso segue o registo que gerou o impulso: http://www.nicolinas.net/

quarta-feira, 7 de novembro de 2007

Ouvir / Sentir

És a estrela da alvorada
E a madrugada junto ao cais
És tudo o que eu vejo em ti,
És a alegria e muito mais
És a minha maçã de junho
És o teu corpo e o meu
Amo-te mais que à vida,
Que a vida sem ti morreu

És a erva perfumada,
Debruada a girassóis
O trago do café quente
Nas manhãs entre lençois
És a minha maça de junho
E a minha noite de verão
Anda, vem comigo,
Vamos,dá-me a tua mão

És o encontro na estrada,
És a montanha e o pôr do sol
O vinho bebido em festa,
És a papoila e o rouxinol
És a minha maça de junho
E a minha estrela polar
Sem ti eu não tenho norte,
Sem ti eu não sei amar.

JORGE PALMA
Maçã de Junho
(para ouvir em...)
Madrugadas tranquilas
Noites intensas
(para sentir...)
Sempre
Entre embalos profundos
Sonos partilhados
(ouvir e sentir)
Quando os sentimentos e as emoções gritam, silenciosamente

domingo, 4 de novembro de 2007

Tempo, sinais e intervalos sorridentes



Hoje (anteontem) as horas também me deram sinais
Desejos… sempre!
E ansiedade de chegar ao aconchego da música que ficou a pairar de manhã, nunca mais parou, nunca mais saiu, nunca mais abandonou o cérebro que não pensou o dia todo, às vezes de músculos contraídos sem sintonia com os movimentos.
Já a adivinhar o querer, já a piscar o olho às horas, por ter vontade (apesar do medo), e também por ter falta de vontade (apesar do dever).

Depois, depois foi vinho.
Foi vida.
Muita partilha.
Tanta luz.
Imensa paz.
E descobertas. Ou seriam investigações?
Um intervalo sorridente (Obrigado!)

As horas deram sinais, o tempo, desta vez (porque quase nunca é o tempo, e a maioria das vezes, nem é o espaço) também deu sinais. Aceites. Partilhados. Sintonizados.
(sem medo, e até com dever cumprido)
Soube bem.
Hoje (ontem) o cérebro conseguiu pensar.
Tranquilamente e feliz!
...
FOTOS: Parque do Carriçal (Senhora da Hora - Matosinhos)
guardadas para quando fosse o tempo a ditar sinais
TEXTO: Às xx horas e xx minutos, do dia e do mês xx, ano XXXX (x de anteontem e x de ontem)

sexta-feira, 2 de novembro de 2007

(...) suspiros

Porque deixei de saber distinguir
Porque a viagem é cada vez mais longa
Dou por mim sem saber se a quero longa ou curta
Acho que quero longa, para não ter de sair, para ter tempo de pensar
Acho que a quero curta, para ser rápido o regresso
Quero-a inteira
E suspiro
Sem decidir como te quero
Viagem
Cidade
Vida
Suspiro
Não a tenho inteira, sei lá se me pertence ou não
Sei que a quero, mas não sei se a tenho, porque lhe rogo pragas tantas vezes, para me arrepender e voltar a suspirar, com vontade de voltar para traz, e vontade de seguir em frente
Os sinais começaram aqui
Aceitei-os
Até sorri ao óbvio, ao fácil, ao sabor cobarde de não ter de pensar mais, por ser assim, felizmente sem culpas, aliás, com a cumplicidade de se encolher os ombros ao mesmo tempo
Tenho medo dos sinais que restam
Se é que restam, se é que se manifestam, se têm coragem
Só sei que a quero inteira, por isso é que me quero inteira também, sem ter culpa pelo ar (único) que respiro... feita a viagem
Agarra-te e dá um passo
Tens de saber distinguir o que sentes, abraçar a viagem e respeitar a vida!


E segue, segue, segue... sempre com mestre e a lembrança de uma noite aliviada e suspirosa. Sabe tão bem acompanhar o ouvido com a imagem desfocada do sentimento. Segue, segue... quando os olhos pedem leituras ligeiras e acabam presos à mente, a tentar distinguir o que é pensar e o que é reflectir, sem leituras ligeiras, e com o livro de bolso - boa escolha, modestamente!

(...) e mais mestre (...)

*Não há maior nitidez do que o verde que suspira*

Quando a janela se fecha e se transforma num ovo
Ou se desfaz em estilhaços de céu azul e magenta
E o meu olhar tem razões que o coração não frequenta
Por favor diz-me quem és tu, de novo?

Quando o teu cheiro me leva às esquinas do vislumbre

E toda a verdade em ti é coisa incerta e tão vasta
Quem sou eu para negar que a tua presença me arrasta?
Quem és tu, na imensidão do deslumbre?

As redes são passageiras, as arquitecturas da fuga

De toda a água que corre, de todo o vento que passa
Quando uma teia se rasga ergo à lua a minha taça
E vejo nascer no espelho mais uma ruga

Quando o tecto se escancara e se confunde com a lua

A apontar-me o caminho melhor do que qualquer estrela
Ninguém me faz duvidar que foste sempre a mais bela

Por favor, diz-me que és alguém, de novo?

Quando a janela se fecha e se transforma num ovo

Ou se desfaz em estilhaços de céu azul e magenta
E o meu olhar tem razões que o coração não frequenta
Por favor diz-me quem és tu, de novo?

JORGE PALMA
Quem És Tu, de Novo
FOTO: Porto Sounds 2007
(Setembro, Parque da Cidade)

leituras (...)

Ah a frescura na face de não cumprir um dever!
Faltar é positivamente estar no campo!
Que refugio o não poder ter confiança em nós!
Respiro melhor agora que passaram as horas dos encontros.
Faltei a todos, com a deliberação do desleixo,
Fiquei esperando a vontade de ir para lá, que eu saberia que não vinha.

Sou livre, contra a sociedade organizada e vestida.
Estou nu, e mergulhado na água da minha imaginação.
É tarde para eu estar em qualquer dos dois pontos onde estaria à mesma hora,
Deliberadamente à mesma hora…
Está bem, ficarei aqui sonhando versos e sorrindo em itálico.
É tão engraçada esta parte assistente da vida!
Até não consigo acender o cigarro seguinte… Se é um gesto,

Fique com os outros, que me esperam, no desencontro que é a vida.
...

GRANDES SÃO OS DESERTOS
Poesia de Álvaro de Campos