quarta-feira, 31 de outubro de 2007

Vamos para a ILHA DAS CORES

Na Ilha Das Cores
Tu podes viver
A grande aventura
De muito aprender
Há mar e flores
Canções para cantar
Histórias para ouvir
É só descobrir
Há o abecedário
Do A até o Zê
E ainda o kapa
Igrego e o duplo Vê
A Ilha Das Cores
É tão divertida
Que vais ter vontade
De passar lá a vida
...
Nós vamos para a ILHA DAS CORES... juntos!
Porque lá podemos viver a grande aventura de muito aprender. Há cores, mares e flores, pessoas diferentes e pessoas iguais, que têm vontade de passar lá a vida a cantar canções (de embalo por exemplo) e a ouvir histórias, por saber ouvir histórias, ou pelo menos tentar porque é só descobrir. É tão divertida a Ilha das Cores, e pura, e feliz. Nós vamos!

segunda-feira, 29 de outubro de 2007

Completo...

Completo egoísmo de ser, completo egoísmo de querer, completo egoísmo de sentir.
Raciocinar e raciocinar, ou fazer de conta que se pensa porque se deve, porque é importante, se exige.
E sentir os braços prostrados, o pensamento vazio, apesar da mente cheia, o corpo dormente com os braços ao longo do tronco, caídos, desistentes dão o alerta… sentir o corpo a desmaiar, passivo, conformado, em sintonia com o pensamento.
Surge um sorriso, um piscar de olhos tranquilo, e finalmente um bocejo.
Não há energia mas há vontade e já não se pensa, e os sinais falam por si, se fossem sons ecoavam na mente que se quer vazia acompanhar o pensamento que se quer desistente.
Sem vontade, cada vez com menos vontade, com menos sentido de vontade de sentir o mesmo de sempre, sentindo, mas não interiorizando o completo egoísmo que sou.

BOA NOITE

quarta-feira, 24 de outubro de 2007

(está quase...) NICOLINAS 2007 (nº 36)


Uma imagem que pode não dizer muito a quem não vive, não conhece, quem não sente. Mas lembrei-me agora, porque está quase... Hoje lembrei-me, o impulso exige registo, marca a contagem decrescente que se repete ano após ano... Que se repita a contagem e que se repita o sentir!
...
29 de Novembro - Noite do Pinheiro em Guimarães, o primeiro número das NICOLINAS
(E seguem-se muitos números, até se esperar por outro ano)

sábado, 13 de outubro de 2007

NÓS

Eu Não Existo Sem Você
Eu sei e você sabe, já que a vida quis assim
Que nada nesse mundo levará você de mim
Eu sei e você sabe que a distância não existe
Que todo grande amor só é bem grande se for triste
Por isso, meu amor, não tenha medo de sofrer
Pois todos os caminhos me encaminham prá você
Assim como o oceano só é belo com o luar
Assim como a canção só tem razão se se cantar
Assim como uma nuvem só acontece se chover
Assim como o poeta só é grande se sofrer
Assim como viver sem ter amor não é viver
Não há você sem mim, eu não existo sem você
...
Vinicius De Moraes
FOTO (Bruxelas/Maio 07) - a FOTO que sinto, porque é simplesmente sentidamente, com certeza

sexta-feira, 12 de outubro de 2007

Sentidos a respirar teatro

“E se eu me levantasse agora e me abraçasse a eles?
No fundo podia!”
...
TEATRO “Quem disse que não há vida depois da morte? Pode ser que tenhamos 100 sentidos, e só usamos cinco deles. Depois da morte usamos os outros 95” – disse um deles
“Louco” – gritaram os restantes
“Talvez” – pensaram os presentes
“Obrigado” – suspirei

- ­ O Cerejal ou a vida sem resposta. A insolvência da propriedade anula todas as soluções racionais, e só um milagre, como aquele que Vária espera, poderia resolver o conflito, porque se trata aqui de uma dupla salvação – Georges Banu*
­
- Drama, tragédia, comédia, pessoas no dia-a-dia, confundem-se na plenitude de algo que lhes escapa: o futuro. O Teatro no jogo da História e do Tempo – Rogério de Carvalho*

- Há dois factores muito importantes na vida de Tchékhov. Primeiro: ele era um homem condenado, tinha a morte no seu encalço. Segundo: perante isso, com a premonição das pessoas que vão morrer jovens, tinha uma energia inconcebível – Peter Brook*

- Neste ambiente espectral, os actores aparecem em cena como se fantasmas se tratassem. As figuras tchekhovianas configuram-se como fantasmas que somente no palco assumem voz e materialidade – Rui Pina Coelho*

RESPIRAR SENTIDOS
e... recordar o(s) sonho(s)
Inesperado, às vezes as coisas inesperadas são as mais saborosas
Sentir os sentidos a fervilhar
…inesperadamente…
e admiti-lo outra vez
…silenciosamente…
e admirar, fascinada, a força do tacto
Ouvir gritos, ouvir vozes, ouvir passos, ouvir musica, ouvir roncos, ouvir gargalhadas
Saborear, de longe, e com o olfacto o aroma do charuto de Iacha
Observar tudo, procurando pormenores, decorando pregas de vestidos longos e percorrendo o cenário, adivinhando modificações
Saber, querer, perceber
…suspensa… com os músculos contraídos em luta com as sensações…
(na impossibilidade de agir, nunca chegando a concretizar) a força do tacto!

O Cerejal // TeCA (Porto) // de 4 a 21 de Outubro // terça a sábado 21h30 e domingo 16h00 // M12 // de Anton Tchekhov; encenação Rogério de Carvalho; produção Ensemble – Sociedade de Actores
...
*excertos retirados do roteiro de apresentação da peça

terça-feira, 9 de outubro de 2007

(hoje estou...) Ao sul

À procura do meu Norte
Subo as águas desse rio
onde a barca dos sentidos
nunca partiu
Lá longe
Inventei o dia azul
E o desejo de partir
pelo prazer de chegar
Ao Sul
Cada um tem a sina que tem
os caminhos são sempre de alguém
Ao Sul
Ao Sul entre dois braços abertos
Bate um coração maltês
Que se rende, que se dá
De vez
Por amor
Corto os frutos que criei
Corto os ramos que estendi
Pela raiz que abracei
Ao Sul
João Monge- Ala dos Namorados
FOTO: Em Lisboa (junho 07) contigo como hoje e como sempre