terça-feira, 12 de agosto de 2008

Património









Teve o nome de “Quinta de Villa Franca” e foi mandada edificar por João Santiago de Carvalho, na última década do século XIX. O projecto foi desenhado pelo veneziano Nicola Bigagglia, radicado em Portugal desde a década de 1880, e a Casa de Santiago é Museu e Centro de Artes de Matosinhos há dez anos.

São paredes repletas de história, histórias sobrepostas sobre camadas de tinta e desenhos... Mobílias que sussurram segredos de quem as tocou... Espelhos que ainda reflectem o vulto singular de dois amantes... Num quarto, uma lareira recorda as vezes que furtivamente se escapuliram os corpos, em calor... Os vitrais fechados suspiram e as janelas semi-abertas transpiram...

Diz-se que a utilização desta casa se tem vindo a suceder como objecto de paixão. Porque, dizem, primeiro foi residência de um casal de apaixonados incompreendidos e, hoje em dia, é símbolo de uma paixão partilhada pelas gentes de Leça da Palmeira.

Esta não é a primeira vez que a Casa de Santiago sofre obras de requalificação, na década de noventa coube ao arquitecto Fernando Távora projectar a adaptação do edifício a museu. O espaço museológico foi inaugurado em 1996.
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Além de ter séculos de história, a Casa de Santiago sobressai entre o leque de residências transformadas em museu pela sua arquitectura. Trata-se de uma casa ao gosto da sua época, com detalhes revivalistas e eclécticos, misturados com elementos de vários estilos desde o manuelino, neo-barroco e romântico. No fundo, são paredes e tectos com toques de arte diferentes, juntos num todo comum que pede para abrir portas...

(+-)exertos de peça publicada no "Jornal de Matosinhos"
com o título: "Museu reabre em Setembro"_edição de 8 de Agosto

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