quinta-feira, 7 de junho de 2007

Sensibilidade (Two hands expressions)

*Um beijinho para ti*

Dos dois rostos, um permanecia assim. Brilhante, até, mas fundido na bruma do espaço.
Uma italiana cantava em inglês com sotaque francês.
Peito contra peito. Sensibilidade.
Já tinhas dito antes: “Não tenho palavras. Não sei usá-las. Até delas tenho medo”.
Procuramos por ai.
É a tua vez:

Os beijos de que sou/somos, dependentes inspiram-me. Ia dizer-lhe isso ontem, quando me levou pela mão para escrever.
Disse: “Não sei o que escrever”.
Pensei: “Sabes, mas não queres, és pequenina demais… demais…”
Gosto da nossa relação com a luz, com a escuridão iluminada, sempre iluminada por nós.
Uma vez disse que o queria de luz apagada. Agora não existe luz. Até dormimos de luz acesa.
São olhos abertos a iluminar, que olhar brilhante o dele, a fusão de dois corpos, e luzes acesas para embalar sonos perfeitos.

Sensibilidade
(banho tomado, toalha enrolada, uma brasileira chamada Maria Rita, gosto de nomes)

A soletrar, acho que fazemos tudo a soletrar devagarinho para conseguir prolongar tudo, tudo, e fazemos tudo a soletrar. “Um A e soletrar”

“Dos gardenias para ti… Con ellas quiero decir te quiero, te adoro, mi vida…”
Não sei o que senti(o), intensidade, arrebatamento, preenchimento total, perfeição total, sangue, duas vidas a tomarem forma numa só. Somos, cada vez mais…

“Gosto de te ver assim”
Enrolada nos sabores, nua pela casa, a dançar na banheira, as mãos a percorrer as curvas do corpo que aprendo a amar porque o ofereci, a musica muda de tom, os planos da tarde começam a compor-se, os olhos piscam, suspiros, muitos, lembranças, aquele sofá, mordo os lábios.

Escrito por Sensibilidade(s)

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