
Amo-te tanto, meu amor… não cante
O humano coração com mais verdade…
Amo-te como amigo e como amante
Numa sempre diversa realidade
Amo-te enfim, de um calmo amor prestante
E te amo além, presente na saudade
Amo-te, enfim, como grande liberdade
Dentro da eternidade e a cada instante
Amo-te como um bicho simplesmente
De um amor sem mistério e sem virtude
Com um desejo maciço e permanente
E de te amar assim, muito e amiúde
É que um dia em teu corpo, de repente
Hei-de morrer de amar mais do que pude.
Vinicius de Moraes
"Poemas de Amor e Abandono"
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