sexta-feira, 30 de março de 2007

(não) Despedida


São como as rosas de um dia,
Os amores de um estudante,
Que o vento logo levou;
Pétalas emurchecidas,
Deixam no ar o perfume
De um sonho que se sonhou;
Capas negras de estudante
São como asas de andorinha
Enquanto dura o Verão:
Palpitam, sonham uns instantes
Aninhadas nos beirais
Do palácio da Ilusão.
Quero ficar sempre estudante,
Para eternizar a ilusão de um instante,
E, sendo assim, o meu sonho de amor
Será sempre rezado baixinho dentro de mim
Os amores de um estudante
São franjas de ondas do mar
Que os ventos logo varreram;
Pairam na vida um instante,
Logo descem, depois morrem,
Mal se sabe se nasceram.
Mocidade, ó mocidade
Louca, ingénua e generosa
E faminta de Ilusão,
Que nunca sabe os motivos
De quanto queira um capricho
Ou lhe diga o coração!

21 de Março/07 (quarta-feira) // 21h31 // Festival de Tunas // ISEP
Uma noite de recordações…
Chorei…
Senti orgulho… Parabéns amiga, estavas tão bonita (o lacinho azul fica-te muito bem). A Guarda, a Tuna, o traje, tudo te põe bonita e é delicioso fazer parte das tuas recordações de tunante, ser o elo que terás na capa pela tua vinda ao Porto.
Lembrei-me de tudo… Da água fria dos Leões, aos gritos orgulhosos em frente à tribuna. As minhas meias rotas, a minha capa cheia de Vinho do Porto, as minhas fitas assinadas, as lágrimas embriagadas das serenatas. A madrinha, o padrinho (conselheiro), os afilhados, os amigos, os anões…
A cumplicidade!
Percebi, perante tunas de tantas casas, que nunca tive casa. Não pela expulsão ou pela segunda fase, mas porque é mesmo assim… Há sempre aqueles que são órfãos, aqueles que não esquecem o tricórnio, mas que têm muito orgulho por ter abraçado a Torre dos Clérigos.
Chorei…
Chorar de saudade é bom, faz bem ao espírito, liberta os receios que estão cá dentro.

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