sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Sobre mãos entrelaçadas

Mãos que colam no momento exacto de descolar
Mãos que sangram no momento exacto de suar
Mãos que partem no momento exacto de ficar
Mãos que pecam no momento exacto de pecar, de ficar, de sangrar, de colar e descolar, logo de seguida… Entrelaçadas.
As rugas, os calos, as histórias… As mãos de histórias.
De mãos dadas sempre. De mãos dadas sem estar. De mãos dadas com as histórias. De mãos dadas com A história
As mãos que se cruzam sobre o peito e as mãos que se encontram sobre as costas e as mãos que se perdem sem corpo
Mãos a preto e branco. A dança das mãos.
Sobre a simplicidade de duas mãos entrelaçadas. Sem estar. Só para acompanhar movimentos de mãos que não tocam nunca, por tocarem sempre.
As cores das mãos. As cores entrelaçadas… Como as mãos a preto e branco que descolam no exacto momento de colar e sangram no momento de dançar.
Mãos
Entrelaçadas


Muito simples, bastante rugoso e até pobre... Só mesmo para dar as boas-vindas a Dezembro, esquecer o frio das mãos e partilhar o intérprete que aquece a noite
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