O "tu" não é um resultado do eu que o ama e invade. O "tu" é o máximo de liberdade porque con-vive com o eu, sem ser o eu e convive com o nós sem, igualmente, o ser.O "tu" é a descoberta e a percepção do outro. A possibilidade de ficar com ele, sem jamais ficar como ele. É saber do outro, sem sair do "eu" e sem trair o "nós".
Sem paz, não há amor. A invasão de paz talvez seja o maior indicador do sentimento que por arder parece ser o inverso: o amor.A paz é amor porque só surge quando se está ao lado de alguém sem medo, sem culpa, sem pena, sem ter que explicar ou se explicar, sem interesse algum, senão o de ficar ali.
Não tema o romantismo. Saia a cantar e olhe com alegria. Recomenda-se: ser apanhado em flagrante gostando; não se canse de olhar e olhar; não atrapalhe a convivência com teorizações; adiar, sempre que possível com beijos "aquela conversa importante que precisamos de ter"; arquivar as reclamações pela pouca atenção recebida.Não teorize sobre o amor, ame. Siga o destino dos sentimentos aqui e agora.Não tenha medo, principalmente de tudo o que teme: a sinceridade, o fracasso, vir a sofrer depois (sofrerá de qualquer maneira); abrir o coração; contar a verdade do tamanho do amor que sente.
*Do Amor - Ensaio de Enigma
Artur da Távola
(dedicado a ti, linda, morena e sorridente de biquini
às flores verdes e laranja...
E a quem tem um dom para identificar portugueses por te fazer
"ficar com os passarinhos todos")
2 comentários:
Agradeço a dedicatória mas, por enquanto, apenas para mim! Talvez um dia pessoas com dons ouçam "Bem-vindo" à minha vida
:-)
Beijo enorme!
"Sem paz não há amor", e a descoberta pode até ser dificil de assimilar mas é pacífica de jogos, não pode haver jogos. Nos jogos de amor só há perdedores, no máximo ganha-se juízo...Escolher, ser escolhido? Acho que é para cobardes, conformados que se resignam em cada uma das posições. Não saberia viver sem empate, tu conseguias? Ser escolhida ou escolheres? Não quando já se sentiu o sabor da descoberta...
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