sábado, 11 de julho de 2009

(Diversos)

“Avança com a raiva que sentes… Ao peso da cruz”
Levantam-se aos pares
Cumprimentam-se com apertos de mão fortes, abraços espalhafatosos, beijos repenicados
Lutam enquanto disputam colos e riem-se a seguir com as bocas muito abertas, o cabelo muito curto, os dentes muito raros, as roupas muito coloridas, os passos pouco seguros
Tropeçam como se dançassem ao ritmo de um autocarro desgovernado
Silenciam-se

Trocam mensagens
Comentam
Levantam-se aos pares uma e outra vez
Correm e acreditam e suspiram ofegantes
“Pi” soa como aplauso cúmplice de alívio
Todos conhecem a adrenalina
Todos conhecem o alívio
Todos reconhecem este gesto simples
Fazem perguntas sobre porque é que a noite à escura e não é o dia que tem falta de luz
Não respondem, exaustos
“Parece que pagam os pecados deste mundo…”
Levantam-se aos pares
Não se filosofa: a noite é escura porque o dia tem luz
Lugares vazios substituídos
Já se enumerou os reforços do Benfica que “vai voltar a não fazer nada” e parece que custa a sair o número de reforços do FCP que “já se sabe tem tudo no papo”
Levam-se aos pares: “Talvez não”
Acreditam e olham de esgueira: “Talvez não”
Bocejos, sorrisos, mensagens, olhares, birras, mensagens e gargalhadas, mensagens e silêncios
“Há dias em que não cabes na pele com que andas…”
“Parece que os sapatos que vês nem sequer são os teus!”
Vira-se a folha: um boletim do Euro Milhões suíço
“E ao Sul…” (diz a canção) “Subo as águas desse rio, onde a barca dos sentidos nunca partiu…” (sublinha o interprete)
Saem aos pares
Seguem os sobreviventes…


Quinta-feira, 2 de Julho/09
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