sábado, 25 de abril de 2009

O pior mês que alguém pode escolher para morrer
(lembraste de me teres dito que era, às vezes, de noite que te surgiam as melhores ideias? Um momento de inspiração seguido de outro de preguiça e lá se vai a obra-prima)
Pior é escolher quando se mata
Ou ter a certeza que o fio pode rebentar a qualquer instante sem se ter tempo de escolher
(sonhaste que te berrava porque não querias ver a realidade. O mal não está no nos berros. Está em não ter sido um sonho)
Não se escolhe quando se morre ou, pelo menos, não se escolhe tantas vezes quanto é possível escolher quando se vive.
Equação simples esta: uma escolha para quantas essa única resistir.
("expliquei-te e relatei-te como luto todos os dias e até fiz a ressalva de estar doente. Resolveste não entender. Decidiste que tens razão" Sim! Sim!)
Porque é que este é o pior mês para morrer?
Porque é que as laminas fazem sangrar tanto ou mais que o chilrear dos pássaros?
(o táxi já veio. Corre que está frio. Mexe-te)
Não me ralhes tanto!
Não vês que neste mês não sei distinguir bem a morte da vida?

(não corras então. Faz a tua obra-prima sobre os alicerses desse meio termo pálido e quase moribundo)
Ironias? Logo neste que é o pior mês...
(porquê? não é este o mês das máscaras?)

00h12

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1 comentário:

Unknown disse...

Sabes, quando penso: vou fazer uma limpeza ao sitema: descansar de excessos e tertúlias sem medida. Quando paro para decidir o melhor mês para o fazer chego à conclusão (após análise atenta do calendário)que não há nenhum mês bom para parar. Nenhum mês é bom para morrer, seja qual for o tipo de morte.