terça-feira, 17 de junho de 2008

Um karateca mais táctico que os tácticos da linha de ataque

Desta vez a menina não apareceu. Talvez esteja em casa mais entretida com desenhos…
Mas desta vez há um jogador especial… De kimono branco vestido, vai fazendo passes pouco seguros, enquanto ajeita o cinto de algodão amarelo à volta da cintura.
Os restantes seis – e desta vez o ponta-de-lança azul está do lado do verde, provavelmente rendido à eficácia do companheiro de ataque – parecem não dar importância ao jogador de kimono. Nem o vêem, talvez…
A supremacia da equipa dos líderes naturais começa a evidenciar-se, até que as luvas caem no chão… Há desistências. O guarda-redes prefere um lugar no banco e assiste conformado. Os outros começam a voltar a casa, um a um, cabisbaixos, vencidos, mas com o ar de quem volta, assim que a energia restabelecida faça as pazes com o orgulho.
Então, as equipas – que já não são equipas porque o singular número de jogadores é, neste caso, sinónimo de duas únicas cores: o azul e o verde – resolvem resgatar o primeiro conformado já esquecido da bola, mais entretido com o treino de karaté solitário (ou não).
A bola volta a ditar regras…
O jogo dos penaltis requer um kimono à baliza…
O azul marca… O verde também…

E continuam... E correm e festejam e rematam e marcam e festejam.
Não estão sós, o kimono branco excluído é cúmplice da euforia porque as férias ainda agora começaram e o sol ainda não garantiu se fica.
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Ah… e Andrea Pirlo não perdoa e de… penalty… coloca a Itália, para já, nos quartos-de-final…
Ah… e o jogo de ontem, afinal, ficou Polónia: 0 Croácia: 1

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