sexta-feira, 20 de julho de 2007

O Meu Amor Existe (nós)

Às vezes dou por mim, na ausência sem distância, a tomar forma na cama. A forma que sei ser das sensações boas de embalo partilhado (e que agora sei serem também das pequenas explosões). Perna para cima, leve rodar de cabeça na procura do olfacto de sempre, o ouvido também procura sentir que “estás vivo”, a há bocas que se cruzam entre sonhos, aliás nem sei se a sonhar ou acordada, trocam-se sabores, e novo fôlego para o resto daquela que é mesmo a melhor conselheira, e neste caso, a melhor cúmplice das certezas, das mais verdadeiras (sempre leal, sem inventar desculpas). Às vezes dou por mim a entrelaçar-me em mim própria, e a mimar um corpo que já não é meu, por ser nosso, por exigir prolongar-se. Os dedos até percorrem as curvas e os olhos piscam, cientes que nunca estão sozinhos, felizes adormecem numa paz escura iluminada. Nessas noites tenho a certeza que sorrio, mesmo sem ter ninguém que me confirme, sei, senti a certeza espontânea do corpo que procurou e sentiu, a certeza verdadeira, leal. Às vezes dou por mim a pensar sem saber se estou desperta, e outras a querer abandonar os pensamentos para poder agarrar os sonhos inconscientes e sentir que não há mesmo distância. Às vezes e sempre, entre saudades que querem dizer-me o contrario, o corpo também me dá sinais, os gestos também me dão as dicas, e não há ausência.

Nestes dias, nestas noites, no que se segue, fico/ficarei feliz por dar por mim às vezes… Sempre!

Bons dias e noites (madrugadas) que se seguem M U N D O

FOTO: nossa em nossa casa da nossa cidade (Junho/07)

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