quinta-feira, 12 de julho de 2007

O mestre... ao calhas... para ti


"…levo as asas nos bolsos
e o coração a planar
são sempre os mesmos
ossos que eu insisto em partir
a madrugada vem ai
longe das ilusões
e o presente é uma réstia de esperança enquanto houver saúde
entre o amor e as razões perversas
é tão bom ver-te assim, ardente
a cinquenta e tal graus
cá estamos nós outra vez
encosta-te a mim
o que não vivi, hei-de inventar contigo
recebe esta pomba que não está armadilhada
nunca deixes de acordar
entre o chill-out e o transe
a sinfonia dos gritos
é tão bom ver-te voar
eu disse: vamos partir, o espaço é seco, vazio, banal, vamos fugir!
andamos de lugar em lugar
com erva, vento, pedra e frio, na montanha ou no rio
merecem ternura e atenção
vou ficar a ver-te mudo
gritando slogans na rua
a mais chique maravilha
quando tomares a Bastilha
há-de lá chegar, hum, há-de lá chegar
com toda a certeza, há-de lá chegar!
Vive! Dança!
não percas tempo a tentar ser feliz…"

Excertos: "Voo Nocturno" de Jorge Palma
FOTO: Sé de Lisboa (Junho/07)

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