
Quando a angústia é o melhor sentimento do dia, aquilo que nos faz sorrir e chorar ao mesmo tempo. Quando nos cansamos para não ter de pensar no tempo, e depois esse tempo passa num silêncio ensurdecedor, mesmo com todos os ritmos do mundo, mesmo com o corpo a pedir mais, a mente a pedir menos, o som a entrar-nos nos poros como se fosse o abraço de alguém. Mesmo nesses dias, noites, nas manhas de esperança, sono, raiva, angústia, relaxe…
Oh… Mesmo nesses dias…
Adoro sentir-me viva.
Adoro que me façam sentir viva.
Adoro chorar mas não gosto que me vejam. Faz-me bem chorar.
Adoro sentir-me viva.
Adoro que me façam sentir viva.
Adoro chorar mas não gosto que me vejam. Faz-me bem chorar.
Fui ver o mar. Ver as ondas lá e cá torna o mais despreocupado no mais pensativo dos seres, mas eu já não queria deixar de pensar. Já não era angustia, era uma sensação de relaxamento que só quem gosta e sabe chorar compreende.
Vi-o revolto, eu estava serena.
Vi-o ir e vir, eu fico à espera.
Adoro a minha baixa, das minhas ruas, de as contemplar de olhos inchados, porque assim sei que as tenho lá sempre, o esforço mostra-me que estão (como eu) vivas. Adoro tomar chá no Guarany dos Aliados, ver as pessoas passar, ler o livro de sempre, sentir a música de sempre nos meus ouvidos e imaginar que não estou sozinha.
Adoro a minha baixa, das minhas ruas, de as contemplar de olhos inchados, porque assim sei que as tenho lá sempre, o esforço mostra-me que estão (como eu) vivas. Adoro tomar chá no Guarany dos Aliados, ver as pessoas passar, ler o livro de sempre, sentir a música de sempre nos meus ouvidos e imaginar que não estou sozinha.
Aliás… saber que não estou sozinha.
Que paz é esta que só o choro concede?
Que suspiros são estes que me provam que (não) há tempo?
Não sai de casa. Não podia, tinha de aproveitar o silêncio que tinha dentro de mim e esquecer a música, às vezes preciso de esquecer a música.
Que paz é esta que só o choro concede?
Que suspiros são estes que me provam que (não) há tempo?
Não sai de casa. Não podia, tinha de aproveitar o silêncio que tinha dentro de mim e esquecer a música, às vezes preciso de esquecer a música.
Procurei a lua... Não havia lua... Às vezes não há lua, mas mesmo nessas noites, vejo sempre a lua.
Voltei para minha cama que continuava desfeita depois da angústia da manhã. Não a fiz, mas voltei a sentir-me viva, voltei a ver a lua e a sentir a música. Foi um sonho, mas senti.
Há dias que merecem um poema, mas só sei escrever (mal) prosa.
Há dias que merecem um poema, mas só sei escrever (mal) prosa.
E... "a dependência é uma besta que dá cabo do desejo e a liberdade é uma maluca que sabe quanto vale um beijo".
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